segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
Pocket Garden.
Há algum tempo atras, ouvi a expressão "Pocket Garden".
Adorei! Encaixava-se perfeitamente no perfil do meu jardim/pomar. Pequeno, quase um jardim bonsai, onde tento acomodar todas minhas plantinhas e arvores. Estilo? Nenhum. Talvez meio caótico, mas me encanta. Todo mundinho vegetal esta lá, mais apertado que o metro de Tókio.Eu, com minhas luvas de borracha, empurrando uma, podando outra. Disciplinando o caos e e fazendo todo mundo vegetal conviver pacificamente num universo tão pequeno. Até o momento tenho obtido bons resultados e muita satisfação. Tempos atras, meu marido requisitou um pedaço de terra para acomodar uma videira. Há muito tempo ele queria cultivar uma. Decidiu-se pela muda da variedade niagara-branca. Cuidou do terreno, adubou e plantou. Podou no tempo certo e instalou fios para que a planta pudesse se apoiar. Nesse meio tempo ele descobriu uma pimenta vermelha já meio murcha, perdida no fundo da geladeira. Raspou a semente e jogou perto da sua querida parreirinha. O tempo passou, veio a chuva e o calor.Uma planta começou a brotar na parte do "pocket garden" que coube ao meu marido. Ele nem se lembrava mais da tal pimenta, até que ela começou a brotar, florir...e crescer....e frutificar...e crescer...e crescer. Enredando-se e confundindo-se com a parreira. Irmãs. Unidas e espremidas na falta de espaço. Alimentadas pela boa terra e o carinho dele, floriram e frutificaram da melhor maneira. Ele vigia orgulhoso os frutinhos tão perfeitos e belos a espera do momento certo da colheita. São uma prova viva de que criaturas diferentes podem conviver em harmonia mesmo que o espaço seja disputadissimo. Podem ser um exemplo inspirador para muitos povos em conflito!
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
Damigiana!
Tudo começou num passeio de fim de semana.
Entramos em um viveiro de mudas e insumos agrícolas em São Roque (SP).
Eu queria comprar adubo para minhas plantas e novas ferramentas de jardinagem.
Entrei e fui olhar as ferramentas.
Meu marido, sabendo que eu ia demorar um bocado, resolveu dar uma voltinha pela loja.
Voltou logo e me puxou pelo braço, para que eu fosse olhar um belo e imenso garrafão de vidro que que estava em um canto da loja.
Perguntamos como se chamava e nos disseram que era uma damigiana ou damegiana.
Achei muito bonito.
Comecei a imaginar nos possíveis usos para decoração.
De imediato, pensei logo em transformar em porta rolhas.
Gostei tanto dela que voltei e comprei outra que uso como vaso para folhagem.
Sua capacidade era de 25 litros e era usada para armazenar vinho.
Fiquei intrigada com o nome, e depois de uma rápida pesquisa descobrimos que tudo começou na Italia. Uma homenagem a rainha Giovana.
Conta a lenda que a origem do nome vem do francês "dame-jeanne". Refere-se a rainha Giovanna I de Napoles, que após uma caçada em 1347, foi surpreendida por uma violenta tempestade.
Refugiou-se num pequeno castelo onde vivia um artesão vidreiro. A rainha interessou-se e quis ver como ele trabalhava. Entrou na oficina no momento em que o artesão soprava uma garrafa. Surpreso com a chegada da rainha, ele soprou tão vigorosamente que criou uma enorme e redonda garrafa de vidro com mais de 10 litros.
A rainha achou muito bonita. O artesão agradecido pelo elogio, prometeu que faria muitas e em homenagem a rainha, elas se chamariam "reine-jeanne". Porém, a rainha preferiu que ele as chamasse de "dame-jeanne".
E assim foi. Daí derivou o termo italiano damigiana. São grandes garrafões de vidro arredondados com capacidades de 54,35,28,23,13 e 5 litros.
No passado eram revestidas de vime. Uma damigiana de vinho era suficiente para abastecer uma família por mês.
Para quem se interessar, a nossa foi comprada em São Roque.
AGROMAIS - Avenida São Luiz, 384 - Jardim Vilaça -
(Km 58,5 da Raposo Tavares)
São Roque - São Paulo
whatsapp : (011) 97015-4454
Fone: (011) 4712-9396
Vinagre bem temperado.
Mesmo a saladinha simples de tomate e alface, pode tornar-se uma nova experiencia dependendo da forma como é temperada.
O segredo aqui de casa é o vinagre.
Para começar, sempre um vinagre de boa qualidade (não agrin): tinto, branco, de maçã ou de arroz.
Depois, é hora de colher ervas frescas, lavar e secar muito bem.
Em garrafas bem limpas e secas, comece a alquimia.
Coloque a erva que desejar, dentes de alho descascado ( se gostar) e pimenta vermelha.
As nossas combinações campeãs são:
1- vinagre de vinho branco, galhos de alecrim fresco e muito alho.
2-vinagre de vinho tinto, um grande ramalhete de orégano ou tomilho fresco e muito alho.
3-vinagre de vinho tinto, manjericão, alho e pimenta vermelha fresca.
4- vinagre de maçã e um belo punhado de framboesas frescas.
5- Vinagre de vinho tinto, salvia e alho.
As combinações ficam ao gosto de cada um, mas todas são deliciosas e conferem um sabor todo especial a salada.
Também são ótimas, para dar um toque especial ao tempero de carnes.
Para armazenar, tenho utilizado várias garrafas diferentes.
Mas prefiro as de azeite, e com vidro escuro.
Tenho a impressão que o vidro escuro, protege as ervas e o vinagre da luz e apura o sabor.
Deixo as ervas macerarem no vinagre pelo menos por um mes, antes de utilizar.
Além do sabor e do rico aroma, levamos para o prato todas as propriedades terapeuticas dessas ervas milenares.
Espero que gostem da sugestão.
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
Calor, Salada de repolho e tomates deliciosos.
Procurando ingredientes frescos para as minhas saladas, encontrei tomatinhos deliciosos.
Sempre achei os "cherry tomatoes", mais bonitinhos do que gostosos, mas estes superaram todas as minhas expectativas.
Firmes e levemente adocidados não lembram em nada os demais.
São decorativos e saborosos.
Todos tem a mesma forma e tamanho e vem em embalagens muito praticas.
Com eles fiz uma saladinha simples, porém, nutritiva e refrescante:
Salada crocante
2 xicaras (chá) de repolho finamente fatiado
1 cenoura média ralada (opcional)
8 tomatinhos
1 laranja descascada e cortada em pedaços médios
pimenta do reino
sal
azeite
vinagre
Coloque todos os ingredientes em uma saladeira e tempere a gosto. Misture e sirva imediatamente.
Espero que gostem.
Bom apetite!
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
O doce mel do Maple Syrup.
Sempre tive muita curiosidade de conhecer o sabor do Maple Syrup ou xarope de bordo. Quantas vezes já não vi filmes, em que os personagens tomavam um delicioso café da manhã, com grossas panquecas e o xarope do maple, derramado fartamente. As poucas vezes que encontrei o produto aqui no Brasil, ficava meio desanimada pelo preço, e pelas embalagens muito grandes. Eu me perguntava: e se ninguém gostar? O que vou fazer com tudo isso?
Minha filha foi recentemente ao Canadá, e trouxe em sua mala uma bela embalagem de Maple Syrup original para mim. Grata surpresa!
Primeiro, experimentamos no pão fresco. Não funcionou muito bem. Nos waffles ficou muito melhor, mas em um pão de ló simples, ficou muito bom! Assim, foi experimentado por mais de dez pessoas e aprovado com louvor por todos. A combinação ficou muito delicada. Hoje conheci outra aplicação para o xarope de bordo.Ele pode ser utilizado como base para calda, em uma receita muito bonita e aparentemente deliciosa, que com certeza vou experimentar: Tatin de Pera. O video original em ingles é do New York Times:
http://video.nytimes.com/video/2009/11/09/dining/1247465443354/pear-upside-down-cake.html?ref=dining
Mas, no Estadão esta disponível em versão dublada (portugues) no link:
http://tv.estadao.com.br/videos,TATIN-DE-PERA,77802,49,0.htm
Acho que vale a pena tentar. Por enquanto deixo aqui a foto do pão de ló regado com Maple Syrup. Se tiverem curiosidade de experimentar, não hesitem, vale a pena!
Bom apetite.
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
Por um pouco mais de elegancia.
Antes de mais nada, gostaria de justificar a escolha da foto ao lado. É certo que gosto de gatos,mas, adoro cachorros, passaros e toda sorte de animais também.Porém, considero os gatos criaturas naturalmente elegantes. Não perdem a pose quer estejam brincando ou brigando.
Acho que a elegancia, embora frequentemente associada, não esta relacionada ao status social. Ao longo de minha vida, tenho visto pessoas extremamente simples e de pouca educação formal serem desconcertantemente elegantes. E outras cheias de posses e "educação", exibirem um comportamento estupidamente deselegante. Sempre relacionei a elegancia muito mais ao modo de se comportar diante da vida e dos demais do que propriamente ao bem vestir.
Algo que considero extremamente deselegante e que se tornou hábito comum, principalmente entre os mais jovens, é o habito de falar muito alto. Não sou uma pessoa que fale baixo, mas perto da maioria dos jovens eu sussurro.
Os pais e educadores andam se esquecendo de passar noções básicas de bom convívio social aos mais novos e o resultado é que lugares publicos tem se transformado numa baderna coletiva. Desde pequenos saem correndo como loucos no meio das pessoas em corredores, halls de entrada, shoppings, cinemas, estacionamentos, supermercados, restaurantes ou em qualquer outro lugar. Interrompem conversas, gritam, choram, esperneiam. Crescem assim. Sem maiores freios ou sermões. O resultado é que anos depois, todo esse comportamento se transforma em vandalismo e desrespeito ao próximo ( inclusive aos proprios pais e avós).
Eu bem sei que os adolescentes são baderneiros e barulhentos por natureza. Aindo me lembro muito bem do tempo em que eu e mais um bando de outras garotas com 13, 14, 15 anos saíamos do colégio ou íamos ao cinema. Barulhentas como gralhas e adoooorando chamar a atenção. Depois vieram minhas filhas, e não foi diferente. Mas, sempre havia alguem mais velho dizendo....menos meninas...menos! E aos poucos íamos ficando mais maduras e percebendo, até um pouco envergonhadas, que era bem melhor para todos, falar um pouco mais baixo e não chamar tanto a atenção.
Sou obrigada a admitir que nem tudo é culpa da natureza, dos pais e dos educadores. Uma boa parcela da culpa também esta relacionada à tecnologia, ao rádio e a televisão. Os fones de ouvido usados à exaustão e num volume muito acima do recomendável ajudam bastante a prejudicar a audição e consequentemente aumentar o volume das conversas. Outra coisa que me irrita profundamente e que vai disseminando o hábito de falar alto demais é o comportamento de alguns locutores de rádio e apresentadores de tv. Falam berrando. Como se para chamar a atenção de seus ouvintes fosse necessário gritar como desesperados. Ouvir Gioconda Bordon com sua voz de travesseiro falando no rádio me chama mais a atenção do que qualquer locutor gritando como se estivesse prestes a ser engolido por uma tsunami.
Esses problemas já são antigos. Lembro como ficava horrorizada vendo minhas filhas pequenas assistirem desenhos animados em que os personagens só falavam gritando. Depois eu podia ver claramente como isso se refletia no comportamento delas. Passavam a falar muito alto e usando as mesmas expressões. Acho que cabe aos pais dar o exemplo e contornar esses problemas que fatalmente vão surgindo durante os anos em que nos dedicamos à educar nossas crianças. Não é facil, mas é para isso que servem aos pais. Não apenas para amar incondicionalmente e esperar que a escola resolva tudo. É preciso estar atento e disciplinar, discordar e proibir. E haja choradeira. Eu sei que é uma tarefa muito desgastante e ingrata, mas os doces frutos colhidos mais adiante e por todos, compensam tudo.
Acho que a elegancia, embora frequentemente associada, não esta relacionada ao status social. Ao longo de minha vida, tenho visto pessoas extremamente simples e de pouca educação formal serem desconcertantemente elegantes. E outras cheias de posses e "educação", exibirem um comportamento estupidamente deselegante. Sempre relacionei a elegancia muito mais ao modo de se comportar diante da vida e dos demais do que propriamente ao bem vestir.
Algo que considero extremamente deselegante e que se tornou hábito comum, principalmente entre os mais jovens, é o habito de falar muito alto. Não sou uma pessoa que fale baixo, mas perto da maioria dos jovens eu sussurro.
Os pais e educadores andam se esquecendo de passar noções básicas de bom convívio social aos mais novos e o resultado é que lugares publicos tem se transformado numa baderna coletiva. Desde pequenos saem correndo como loucos no meio das pessoas em corredores, halls de entrada, shoppings, cinemas, estacionamentos, supermercados, restaurantes ou em qualquer outro lugar. Interrompem conversas, gritam, choram, esperneiam. Crescem assim. Sem maiores freios ou sermões. O resultado é que anos depois, todo esse comportamento se transforma em vandalismo e desrespeito ao próximo ( inclusive aos proprios pais e avós).
Eu bem sei que os adolescentes são baderneiros e barulhentos por natureza. Aindo me lembro muito bem do tempo em que eu e mais um bando de outras garotas com 13, 14, 15 anos saíamos do colégio ou íamos ao cinema. Barulhentas como gralhas e adoooorando chamar a atenção. Depois vieram minhas filhas, e não foi diferente. Mas, sempre havia alguem mais velho dizendo....menos meninas...menos! E aos poucos íamos ficando mais maduras e percebendo, até um pouco envergonhadas, que era bem melhor para todos, falar um pouco mais baixo e não chamar tanto a atenção.
Sou obrigada a admitir que nem tudo é culpa da natureza, dos pais e dos educadores. Uma boa parcela da culpa também esta relacionada à tecnologia, ao rádio e a televisão. Os fones de ouvido usados à exaustão e num volume muito acima do recomendável ajudam bastante a prejudicar a audição e consequentemente aumentar o volume das conversas. Outra coisa que me irrita profundamente e que vai disseminando o hábito de falar alto demais é o comportamento de alguns locutores de rádio e apresentadores de tv. Falam berrando. Como se para chamar a atenção de seus ouvintes fosse necessário gritar como desesperados. Ouvir Gioconda Bordon com sua voz de travesseiro falando no rádio me chama mais a atenção do que qualquer locutor gritando como se estivesse prestes a ser engolido por uma tsunami.
Esses problemas já são antigos. Lembro como ficava horrorizada vendo minhas filhas pequenas assistirem desenhos animados em que os personagens só falavam gritando. Depois eu podia ver claramente como isso se refletia no comportamento delas. Passavam a falar muito alto e usando as mesmas expressões. Acho que cabe aos pais dar o exemplo e contornar esses problemas que fatalmente vão surgindo durante os anos em que nos dedicamos à educar nossas crianças. Não é facil, mas é para isso que servem aos pais. Não apenas para amar incondicionalmente e esperar que a escola resolva tudo. É preciso estar atento e disciplinar, discordar e proibir. E haja choradeira. Eu sei que é uma tarefa muito desgastante e ingrata, mas os doces frutos colhidos mais adiante e por todos, compensam tudo.
sábado, 26 de setembro de 2009
O tempo das framboesas
O jardim é um pequeno universo capaz de proporcionar pequenas e inusitadas alegrias todos os dias. Bem cedo, ao molhar as plantas antes de começar mais um dia de trabalho, fico observando as novidades que tornarão o meu inicio de dia mais interessante. Foi o que aconteceu hoje. Depois de uma semana repleta de dias cinzentos e chuvosos, o sábado pela manhã amanheceu radiante. Com mais tempo disponível, comecei a olhar o jardim e os vasos do terraço com atenção, acompanhada dos meus tres fiéis escudeiros: Misty, Rick e Frida. Cada vaso que eu inspecionava e tratava de molhar, um dos tres vinha dar seu aval pessoal ou procurar algum matinho comestivel.
No terraço encontrei os vasos de framboesas todos floridos e com alguns frutos já em fase adiantada de amadurecimento. Uma florada abundante que garante muitos frutos incrivelmente graúdos. Não exigem muitos cuidados e todos os anos as framboesas se apinham em seus galhos espinhosos, proporcionando uma colheita suculenta, que tenho que dividir com uma horda de sanhaços e bem-te-vis. Tenho dois vasos bem produtivos. Um que esta numa area mais sombreada e o outro, bem maior, numa area com sol pleno. Ambos carregam bem, mas o que esta exposto ao sol, apresenta frutos bem mais doces e é o alvo preferido dos passaros. Se eu quiser comer framboesas madurinhas tenho que acordar bem cedo e correr para a colheita, caso contrario só encontro o cabinho da fruta e muito suco de framboesa espalhado pelo piso e pelas grades.
É interessante observar que essas deliciosas e lindas frutinhas vermelhas também estão em plena época no hemisfério norte. No Reino Unido este mes é dedicado a colheita de "berries" e confeção de geleias e "preserves".
Adoro fazer bolos, polvilhar com açucar de confeiteiro e decorar com as framboesas enormes e carnudas qua mancham o açucar com seu suco. No Natal, há sempre frutos suficientes para decorar o Tender ou um Lombo assado. Os vasos estão lindos com as flores e os frutos em formação. Parecem pequenas arvores de Natal decoradas com seus enfeites multicoloridos.
O Natal já chegou no meu terraço!
No terraço encontrei os vasos de framboesas todos floridos e com alguns frutos já em fase adiantada de amadurecimento. Uma florada abundante que garante muitos frutos incrivelmente graúdos. Não exigem muitos cuidados e todos os anos as framboesas se apinham em seus galhos espinhosos, proporcionando uma colheita suculenta, que tenho que dividir com uma horda de sanhaços e bem-te-vis. Tenho dois vasos bem produtivos. Um que esta numa area mais sombreada e o outro, bem maior, numa area com sol pleno. Ambos carregam bem, mas o que esta exposto ao sol, apresenta frutos bem mais doces e é o alvo preferido dos passaros. Se eu quiser comer framboesas madurinhas tenho que acordar bem cedo e correr para a colheita, caso contrario só encontro o cabinho da fruta e muito suco de framboesa espalhado pelo piso e pelas grades.
É interessante observar que essas deliciosas e lindas frutinhas vermelhas também estão em plena época no hemisfério norte. No Reino Unido este mes é dedicado a colheita de "berries" e confeção de geleias e "preserves".
Adoro fazer bolos, polvilhar com açucar de confeiteiro e decorar com as framboesas enormes e carnudas qua mancham o açucar com seu suco. No Natal, há sempre frutos suficientes para decorar o Tender ou um Lombo assado. Os vasos estão lindos com as flores e os frutos em formação. Parecem pequenas arvores de Natal decoradas com seus enfeites multicoloridos.
O Natal já chegou no meu terraço!
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
Como fazer mudas de orquidea dendrobium.
Aqui estou eu falando de flores novamente. Tudo começou ontem, na fila do caixa de um hipermercado. Eu tinha ido até lá, para comprar alguns itens para o almoço de domingo. Mas, como sempre, dei uma espiadinha no setor de jardinagem. Havia alguns vasos de orquidea dendrobium, sendo que um deles era de uma variedade que eu não possuia. Rapidamente coloquei o vaso no carrinho de compras e quase esqueci de pegar os outros itens que realmente eu precisava e os quais eu havia ido buscar. Já na fila do caixa, um senhor que estava na minha frente admirou-se com a beleza das flores e me perguntou se eu sabia fazer mudas. Eu respondi que sim e expliquei o processo. Agradecido ele resolveu comprar uma orquidea igual. Nesse meio tempo eu já estava explicando o método para mais algumas pessoas que ouviram o caso pela metade, inclusive para a a moça do caixa. Percebi que havia um grande interesse pelo assunto. Então achei que seria interessante colocar o passo a passo aqui no blog. Espero que seja util a mais alguem.
1- escolha uma planta viçosa e com uma boa florada. Dê preferencia às que apresentem um bom numero de hastes.
Mas antes gostaria de esclarecer que o meu metodo preferido, e no qual tenho obtido maior sucesso, é o de fazer mudas amarrando-as ao tronco de arvores. Confesso que quando tento fazer isso em vasos, não tenho obtido o mesmo sucesso. Mas de qualquer forma aqui vão as dicas.
1- escolha uma planta viçosa e com uma boa florada. Dê preferencia às que apresentem um bom numero de hastes.
2-Procure uma haste antiga, forte, e que já tenha florido anteriormente. É possivel perceber isso, verificando vestigios secos de uma florada anterior. Com uma faca bem afiada ou tesoura, corte-a próxima à base.
3- Fixe a haste cortada ao tronco de uma arvore, amarrando-a com um barbante de algodão. Se não tiver arvores disponíveis, fixe a haste à uma placa de fibra de coco ou coloque em um vasinho de fibra de coco repleto com uma mistura de cascas de pinus, pedrisco miudo e fibra de coco. Mantenha a haste sempre umedecida, mas sem encharcar senão a haste vai apodrecer. Eu costumo usar um vaporizador spray para umedecer placas, vasos e as hastes que estão amarradas ao tronco do pé de abacate. Um vez por mes, coloco fertilizante foliar liquido na agua e vaporizo plantas e mudas.
4- Depois de mais ou menos oito meses (em média), aparecem brotos de novas orquideas, saindo da haste que foi amarrada. Na foto abaixo, retirei um exemplar que estava amarrado à arvore, para que o processo possa ser visto de forma mais clara.
.Aos poucos ela ira estender suas raizes e irá se fixar no tronco da arvore ou onde estiver plantada. Não se preocupe, as orquideas não são parasitas, elas só se apoiam na arvore, não causam dano algum.
É uma forma simples e eficiente de criar lindas e variadas pencas de orquídeas dendrobium . Minha mãe é outra grande apaixonada por orquídeas. Ela compra vasos novos e sempre me dá hastes deles. Eu faço o mesmo com minhas novas aquisições. Assim, através desse intercambio conseguimos colecionar uma boa variedade de cores e formas. Depois é só ter um pouco de paciencia e esperar pela florada generosa que aumenta e se diversifica ano a ano. Espero que minhas explicações sejam uteis. O processo é muito simples, e procurei fotografa-lo em vários estágios para um melhor entendimento. Boa sorte!
Mais informações úteis no site : www.orquidofilosurbanos.com.br
Mais informações úteis no site : www.orquidofilosurbanos.com.br
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
O abacateiro, as orquideas e duas musicas de Gil.
Aqui estou eu falando de flores outra vez. Eu sei que estou ficando repetitiva, mas com a proximidade da primavera, tudo esta florindo de uma forma tão desconcertante que eu não consigo evitar. Tenho passado uma boa parte das minhas manhãs regando, aparando e mexendo nos canteiros, acompanhada dos meus gatos Misty e Rick.
A Misty gosta de observar enquanto aproveita para tomar sol, já o Rick é terrivel. Basta cavar um buraquinho no jardim e ele fica todo inspirado, começando a cavar frenéticamente ao meu lado, isso quando não resolve arrancar algumas mudas recem plantadas. Meu marido já apelidou o malandro de " o jardineiro fiel". É só começar a regar as plantas ou mexer na terra e ele aparece imeditamente, todo animado. Adora comer orégano fresco ou cebolinha francesa direto da jardineira.
No momento meu pé de cerejeira do Rio Grande está coberto de flores branquinhas. Perdeu quase todas as folhas e floriu intensamente, atraindo muitas abelhas. É o primeiro ano que ela tem uma florada tão intensa. Já minhas queridinhas, as orquideas, me deixam extasiada diante de tanta beleza. Cada dia é uma surpresa. Há dois anos atras, amarrei muitas mudas de dendrobium no tronco do abacateiro. Agora, elas floriram, quase ao mesmo tempo. Ao olhar para o abacateiro cheio de orquideas florindo me vem à mente aquela musica do Gil... abacateiro quando der seu abacate... que fico cantarolando enquando rego o jardim.
No final da tarde, percebo que mais botões estão desabrochando e outros estão se formando. Outras cores, das quais eu nem me lembrava mais. Nesse momento, me vem à mente outra canção de Gil...se eu quiser falar com Deus... começo a cantarolar e pensar que Deus fala conosco todos os dias através da natureza. Tanta beleza e perfeição diante de nós pedindo tão pouco em troca. Somos abençoados todos os dias, mas ingratos por instinto, nem nos damos conta disso.
terça-feira, 18 de agosto de 2009
Falando de flores...
Não escondo de ninguem minha paixão explicita por orquideas.....elas são simplesmente divinas, e tem a capacidade de me surpreender sempre.
Quando acho que já vi de tudo, consigo achar uma nova espécie ainda mais maravilhosa. Há algumas semanas atras vi os botões que surgiram na minha cymbidium chocolate.... passei uns dias sem dar maior atenção e então ela abriu deslumbrante.Confesso que fiquei chocada com tanta beleza. São orquideas rusticas que não exigem maiores cuidados , mas explodem em beleza estonteante todos os anos, pontualmente.
Ontem, tive outra grata surpresa. Meu pé de mexerica ponkan começou a dar seus primeiros botões. O pé de café está coberto de botões e o limoeiro também. As orquideas dendrobium que cobrem o tronco do abacateiro também estão carregadas de botões enormes. Um inverno atipico provocou uma florada exuberante no jardim e pomar. Nunca vi tantas flores em um mes de agosto. Mas estou feliz e ansiosa esperando que os novos botões desabrochem.
segunda-feira, 27 de julho de 2009
Meu Guri!!
O titulo do texto é uma homenagem à musica de Chico Buarque. Aquela com uma melodia muito doce e uma letra tristemente amarga relantando a deliquencia juvenil. Uma consequencia direta da péssima educação que temos neste pais e que ainda produzirá muita pobreza e ignorancia pelos próximos anos.
Meu guri...ah, olha aí, é o meu guri!
Mas, o meu guri...aquele a quem dedico este texto, é apenas um personagem comico, embora não deixe de ser um deliquente. Totalmente inofensivo, mas ainda assim um delinquente contumaz. Seu nome é Rick, um dos filhotes de minha gata Misty. Um garoto que acabou de completar 5 meses e que não para um só momento. Feio, magrinho e elétrico.
Ele me faz lembrar da musica do Chico, pois tem a mania de me trazer "presentes". Entenda-se, todo tipo de coisas roubadas pela casa. Começou aos 3 meses, abrindo minha bolsa e roubando vários papéis, inclusive um comprovante de pagamento razoavelmente importante, que ele se encarregou de destroçar e espalhar pela casa. Depois evoluiu para o furto de canetas. Quanto mais vistosas melhor. A seguir, interessou-se pela tecnologia. Encontrou um pen drive sobre a escrivaninha e não teve duvidas. Abocanhou-o e trouxe alegremente para mim. Agora já furta jóias e carteiras. É fascinado pelo meu anel preferido, que com sua forma arredondada, brilho e peso é o brinquedo ideal para ser rolado no assoalho e finalmente escondido embaixo do piano. Mas a ultima grande traquinagem, foi carregar a carteira do meu marido e deixa-la no corredor. Provavelmente, cansou-se com o peso dela e não conseguiu chegar ao seu destino final...a cozinha.
Eu acabo me sentindo como a mãe da musica... ao invés de repreende-lo não me canso de admirar sua esperteza. E cada dia estou mais apaixonada por ele.
Pena que os outros guris do Brasil não são inofensivos como o meu.
terça-feira, 30 de junho de 2009
Churros espanhóis.
Quando falamos em churros, a maioria das pessoas pensa logo no churro açucarado e recheado de doce de leite, vendido em quiosques populares.
Mas, a minha lembrança de churro é bem diferente.
Há muitos anos atrás, eram feitos na hora, em feiras livres. Fritos na frente do "freguês".
Grandes espirais de massa frita salgada e crocante. Eram cortados com grandes tesouras e vendidos aos pedaços, envoltos num pedaço de papel. Devorados avidamente alí mesmo, por fiéis consumidores.
Os churros fazem parte de minha infancia. Em parte porque como espanhóis, adoravamos a iguaria, que era muito comum nas "Ferias" espanholas. Fritos na hora pelas habeis e experiente "churreras", são degustados no café da manhã acompanhados por uma bela caneca de chocolate quente. No clima quente do Brasil, são deliciosos com uma cerveja bem gelada.
Meu marido, embora não seja descendente de espanhóis, também conhecia os churros "da feira" e gostava muito. Lembrando-se disso, pediu que eu procurasse uma boa receita e tentasse faze-los. Desafio aceito, procurei e encontrei uma receita espanhola que produziu um resultado muito próximo, ao churro de nossa infancia. Fiz a massa e ele, com sua mão firme, verteu a massa sobre o óleo quente, produzindo as lindas espirais da foto.
Fácil e eficiente, como convém as melhores receitas.
Aos saudosistas ou interessados, deixo aqui a receita. Bom apetite!!!
Churros espanhóis.
Ingredientes:
250 gramas de farinha de trigo peneirada
1 colher (chá) de sal marinho
1 colher (café) de fermento para bolo
1 xícara ( chá) de água
1 xícara ( chá) de leite
óleo para fritar
Modo de fazer:
Misture o sal na farinha. Vá acrescentando o leite e água na farinha, mexendo muito bem até obter uma massa lisa e uniforme. Se quiser use um mixer.
Por último acrescente o fermento. Misture delicadamente e deixe a massa descansar por 15 minutos. A massa tem uma consistencia liquida, semelhante a da panqueca. Despeje a massa em uma jarra com bico.
Leve ao fogo uma frigideira grande com bastante óleo.
Quando estiver bem quente, despeje a massa aos poucos formando uma espiral.
Se despejar a massa rapidamente e com um fio estreito de massa, terá churros muito finos.
Se fizer de modo lento e vertendo um fio generoso de massa, terá os churros mais próximos da forma original (2 a 3 cm de diametro).
Quando dourar,vire a espiral com o auxilio de uma pinça ou pegador de massa.
Dourado por igual, retire e deixe escorrer em papel absorvente. Sirva quentinho.
quinta-feira, 18 de junho de 2009
Flores de outono, gatos e reformas.
Estamos em meio a uma reforma voltada para a conservação da casa. A velha senhora já tem 30 anos e requer um pouco mais de atenção.
Embora as obras sejam necessárias, acarretam um bocado de transtorno e poeira. Durante esse período é preciso fazer uma série de ajustes nas rotinas da casa e nos espaços disponiveis, e como sempre os que mais protestam e se sentem incomodados são os gatos.
Senhores de tudo e impedidos de circular livremente, tem se mostrado irritados e teimosos. Mas, eles não são as unicas vitimas. Silenciosas, mas não menos sofredoras, são minhas plantas. O jardim e o pomar estão cobertos de pó. Os vasos e jardineiras de temperos estão deslocados de seu lugar original e estranham muito as novas condições de vento e sol.
Minhas pobres plantinhas ....sujas e negligenciadas.
Hoje amanheceu chovendo. Péssimo para as obras e uma benção para meu mundinho vegetal. Lavaram suas folhinhas e renovaram suas energias.
Os gatos, bem , esses continuam emburrados. Não querem molhar suas mimosas patinhas no quintal encharcado.
Quem me conhece sabe que sou absolutamente apaixonada por orquideas. Elas tem sofrido bastante com a atual situação, mas mesmo assim tem florido.
Reconheço que ainda não sei lidar muito bem com elas. Infelizmente já deixei morrer um bom numero delas, apesar do meu empenho e dedicação. Mas não me considero vencida, estou lendo muito e pesquisando sobre elas. Espero não torturar mais nenhuma probrezinha. Tenho conseguido bons resultados com essas jóias que aparecem na foto acima (colhidas pouco antes da nuvem de poeira tomar conta de tudo).
Todos os anos me recompensam com sua florada deslumbrante. Sempre corto algumas flores para colocar no meu vasinho de cabeceira e assim repouso meus olhos nessa beleza ao deitar e despertar. Nada melhor do que isso para abrandar meu humor que já esta rivalizando com o dos gatos!
quarta-feira, 10 de junho de 2009
Pastel de Belém ou Pastel de Nata versão torta.
Um dos doces mais conhecidos e gostosos da cozinha portuguesa, o Pastel de Belém, é uma receita original guardada a sete chaves.
Os lusitanos tem lá suas peculiaridades, e uma delas é levar as coisas ao pé da letra, sendo assim, se o Pastel de Belém for vendido em qualquer outra cidade, terá seu nome alterado de acordo.
Se for saboreado em Fátima será chamado de Pastel de Fátima. No nosso caso, sempre gostamos do doce e finalmente encontrei uma receita muita próxima da original.
Foi criada pelo chef Edu Guedes, que desenvolveu a receita após pesquisa na doceira matriz em Belém, Portugal.
Acabei fazendo uma pequena mudança, pois sou uma "doceira" um pouco preguiçosa.
Para evitar o trabalho de montar várias forminhas, transformei a receita numa torta.
O resultado foi muito bom.
Para os interessados deixo a receita:
Pastel de Belém ou Pastel de Nata versão torta
Ingredientes para o creme:
3 xícaras de leite
2 xícaras de leite condensado
6 gemas peneiradas
1 xícara de açúcar cristal
2 colheres (sopa) de amido de milho
1 colher (café) de extrato de baunilha
Ingredientes para a massa:
450 gramas de massa folhada pronta (usei massa folhada Arosa)
Modo de fazer o creme:
Primeiramente, coloque o açúcar e o amido de milho em uma vasilha e misture muito bem.
Reserve.
Coloque o leite em uma panela e leve ao fogo médio. Adicione o leite condensado e comece a misturar bem.
Junte as gemas peneiradas e continue mexendo.
Acrescente a mistura de açúcar e amido de milho que estava reservada.
Mexa sem parar.
Quando começara a engrossar junte o extrato de baunilha.
Continue mexendo até ficar um creme bem espesso. Reserve e deixe esfriar completamente.
Montagem da torta:
Pré-aqueça o forno em 250 graus.
Utilize uma forma de fundo removivel de 25 cm de diametro.
Forre a forma toda (fundo e laterais) com a massa folhada.
Aperte bem as laterais.
Despeje o creme completamente frio sobre a massa.
Leve ao forno, que já deve estar bem quente.
Em forno convencional, deixe assar por aproximadamente 20-30 minutos ou até dourar bem a parte superior.
Se tiver forno com grill, deixe por 25 minutos no forno convencional em 250 graus ou até as bordas da massa dourarem e mais 5-10 minutos no grill
(até o creme borbulhar e ficar tostadinho).
quarta-feira, 3 de junho de 2009
Rissoles ou as friturinhas irresistiveis.
Folheando uma revista, dessas de supermercado, encontrei uma receita que me lembrou meus tempos de estudante.
Naquela época chamavamos de " Pastelão da cantina", porem, no mundo dos salgadinhos é mais conhecida por "Rissoles".
A receita é simples e de fácil execução.
Ao fazer a massa, duvidei que ela ficaria lisa, tamanho o numero de grumos que começaram a se formar à medida que o leite esquentava, mas no final ficou perfeita. A massa pode ser utilizada para fazer "Coxinhas" também.
Na verdade é bem versátil, e pode ser utilizada em varios salgadinhos diferentes. O rendimento foi muito bom.
Utilizando um cortador de 10 cm de diametro, conseguimos 32 rissoles bem rechedos.
Estou dizendo conseguimos, no plural, pois solicitei a ajuda de meu marido para esta tarefa. Estiquei a massa e cortei.
Ele, gentilmente se dispôs a rechear e empanar.
O recheio sofreu algumas adaptações para agradar o paladar da familia.
Contando com a preciosa ajuda, conseguimos chegar rapidadamente a etapa final: fritar. O resultado foi muito bom.
A massa não encharcou e o sabor agradou a todos. Como o salgadinho fez sucesso, resolvi compartilhar a receita.
Espero que gostem.
"Rissoles"
Ingredientes para a massa:
3 xicaras de farinha de trigo peneirada
3 xicaras de leite
2 colheres (sopa) bem cheias de manteiga
sal
Ingredientes para o recheio:
500 gramas de carne magra moida (optei por patinho)
2 colheres (sopa) de azeite
1 cebola média bem picadinha
2 dentes de alho amassados
3 colheres (sopa) de salsinha e cebolinha bem picadinhas
2 colheres (sopa) de extrato de tomate
algumas gotas de molho de pimenta vermelha
pimenta do reino
sal
Ingredientes para empanar:
3 ovos batidos
2 xícaras de farinha de rosca
Para fritar:
400 ml de óleo de girassol (ou milho) bem quente
Modo de fazer:
Primeiramente faça o recheio. Leve uma panela com o azeite ao fogo médio . Quando começar a aquecer junte o alho e a cebola.
Refogue um pouco e adicione a carne, mexendo sempre até fritar e ficar bem soltinha.
Junte as pimentas e o sal.
Refogue mais um pouco. Junte a salsa e cebolinha.
Misture, tampe a panela e abaixe o fogo.
Deixe cozinhando até que todo o liquido seque.
Junte o extrato de tomate, misture bem e deixe cozinhando por mais 3 minutos. deslique o fogo e deixe esfriar completamente.
Para fazer a massa, leve ao fogo uma panela contendo o leite, a farinha , a manteiga e o sal.
Vá misturando lentamente em fogo médio até começar a ferver.
Mexa bem até a massa engrossar, desprender do fundo da panela e formar uma bola lisa.
Retire do fogo e deixe esfriar coberta por filme plastico.
Quando estiver totalmente fria, abra a massa com um rolo, numa superficie bem enfarinhada.
Estique a massa até que atinja uma espessura de 3mm.
Corte discos de 10cm.
Coloque o recheio no centro (aproximadamente uma colher de sopa).
Dobre a massa em formato de meia lua e aperte bem as beiradas.
Passe no ovo batido e depois na farinha de rosca.
Frite em óleo bem quente até ficarem douradinhos.
sábado, 16 de maio de 2009
O "luxo" popular.
O "luxo" popular.
Que atire a primeira pedra, aquele cuja gula não se excita diante de um belo sanduiche de mortadela?
Eu confesso que sou fã da mortadela Ceratti fatiada bem fininha. Doses generosas, acomodadas em pão fresco, bem crocante.Para completar, Itubaína bem gelada. Por que não?
Puro sabor de infância. Mortadela, Itubaina, Cerejinha, Grapette, Crush....
A alegria das coisas simples e gostosas. Mortadela fresquinha acompanhada de refrigerantes baratos e saborosos. Naquela época, a Coca-Cola ainda não reinava soberana entre a "classe operária".
Mas, esses luxos só eram permitidos nos fins de semana. Refrigerantes, massas, frios, queijos, bolos, gibis e muita televisão, ou seja, tudo o que eu adorava, não estavam liberados e quando podiamos usufruir essas delicias com mais liberdade, sabiamos apreciar intensamente!
O lanche de mortadela com itubaina era um classico dos dias de faxina. As crianças confinadas no quintal, sentadas no chão. Um um guardanapo de pano no colo, empunhando seu robusto sanduiche e o copo de refrigerante ao lado. O cheiro da cera recem passada nos pisos misturava-se ao aroma intenso da mortadela recem fatiada. Tempos de recursos escassos e despreocupação abundante!
A mortadela sempre esteve associada às camadas mais pobres da população. Quem nunca ouviu a expressão : " Fulano come mortadela e arrota peru." ?
Meu sogro que é holandes, conta que em sua terra, Zeeland, a mortadela era conhecida como " salame de operário".
Hoje já não é bem assim. As coisa mudam. Uma boa mortadela assumiu o "status" de petisco gourmet, ficando mais cara que picanha argentina, pastrami, presunto ou salame. Mas continua enchendo os olhos e o olfato de gulosos como eu. Ontem foi sexta feira. Meu dia de matar a saudade com mortadela fresquinha e itubaina geladinha.
segunda-feira, 4 de maio de 2009
Que venham as flores!
Já estamos em maio.É inacreditável como o mes de abril passou voando. Com uma quantidade absurda de feriados e festividades, foi muito fácil perder a noção do tempo.
As flores de maio começaram a abrir seus botões multicoloridos e em breve, as orquideas que tenho fixadas às arvores começarão a ensaiar sua florada exuberante. Enquanto isso não acontece, encho meus olhos com uma pequena preciosidade que enfeita minha sala.
Durante este mes desabrocham tantas flores que até fico confusa. Chego a esquecer que estamos no outono e penso que é primavera...enquanto isso, no hemisfério norte onde realmente é primavera, continua um frio danado.
Os dias começam a ficar mais frios e cinzentos e minha vontade de ir para a cozinha experimentar receitas novas aumenta... tortas e bolos estão na ordem do dia.
domingo, 12 de abril de 2009
Feliz Páscoa!
É sempre bom desejar coisas boas ao próximo... isso nos enche de alegria e esperança. A Páscoa é uma ótima data para isso, pois é o o simbolo máximo do renascimento, da renovação.Por isso, é comum associa-la a ovos e coelhinhos. Renovação, fertilidade e abundância.
No meu caso, estou desejando feliz Páscoa, com a imagem de gatinhos.... são as crianças da Misty, como meu marido costuma chama-los.
Eram seis. Agora, só restaram tres em nossa casa. Os outros já estão em seus novos lares, cercados de amor e atenção. Espero sinceramente que os que ainda estão no cestinho à espera de alguem que os queira, tenham o mesmo destino feliz. Crescendo alegres e dóceis como são, no meio de pessoas que os amem incondicionalmente.
Enquanto isso, aproveito a companhia deles. Brincam e saltam como crianças...pega-pega, esconde-esconde são as primeiras travessuras da manhã. Logo depois, se juntam todos no cestinho para dormir uma longa soneca.
A infância é linda, seja ela de humanos ou de gatinhos.É uma época que nos enche de esperaça e renovação, exatamente como deve ser a Páscoa.
Feliz Páscoa à todos!
terça-feira, 24 de março de 2009
O que aprendi com minhas meninas.
Hoje coloquei neste espaço a foto que as minhas filhas tiraram, juntamente com seus namorados, durante o show do Radiohead. Elas gostaram muito. São fãs da banda e eu também, embora não tinha ido ao show. Mas, resolvi colocar a foto, pois me lembrei que conheci a banda através delas.Passei a gostar ao ouvir os cds que comprava para elas (e indiretamente para mim). Foi assim com Stone Temple Pilots, Pearl Jam, Red Hot Chili Peppers e outras mais. Elas vendo a MTV e eu dando uma espiadinha toda vez que ouvia uma musica que me agradava. No verão sentava com elas para ver Casa de Praia da MTV com a Astrid Fontenelle.Até aprendemos a fazer pulseiras de miçanga!
Elas estudavam à tarde. Pela manhã, gostavam de assistir " A caverna do dragão". Quando começava, elas me chamavam e eu acabava me encostando no sofá e assistindo com elas. Não fazia isso apenas para me aproximar mais ou participar da vida delas. Eu me juntava à elas porque gostava. Sempre foram generosas e à medida que cresciam, elas iam me apresentando ao seu universo repleto de novidades, girias e modismos. Também me ensinaram a não ter medo da tecnologia. Quase me forçaram a usar computadores, agendas eletronicas, maquinas fotograficas digitais e celulares sofisticados. Hoje eu sou muito grata a elas por isso. Talvez elas nem saibam, mas foi motivada por elas e pelo entusiamo contagiante delas que passei a me interessar e usar novas tecnologias.
Os pais ensinam aos seus filhos tudo o que acreditam ser importante, mas também deveriam se permitir aprender com eles. Olhar através dos olhos deles. Aprender a abraçar coisas novas com o mesmo entusiamo deles. Não temer o novo, mesmo que num primeiro momento parece inutil ou incompreensível.Com os jovens chegam os ventos da mudança e cabe a nós sair da calmaria e aproveitar a força desses ventos!
quinta-feira, 12 de março de 2009
Bom, bonito e barato!
Minha mãe conta que meu avô, um camponês de Lugo, na Galicia (Espanha), quando ia ao mercado fazer as suas poucas e muito bem pensadas compras, sempre dava preferencia aos itens de melhor qualidade, guiando-se pelo preço. Pouco, mas da melhor qualidade. Esse era seu lema. Naquele mercado, que nada tinha em comum com os supermercados modernos e sim com uma feira medieval, ele ia negociar os animais e cereais da casa. Aproveitava também para comprar produtos que não produzia como o sal,azeite e vinho.
Escolhia e comprava as roupas e calçados mais finos para ir a missa de domingo.Os sapatos para o trabalho no campo, ele mesmo produzia. Eram sapatos rusticos chamados "zocos".
Já as roupas, para a esposa e os nove filhos, precisavam ser de boa qualidade, para durar muito.
Essa filosofia de consumo foi passada para os filhos, e assim, cresci vendo minha mãe procurando o mais caro, sempre acreditando que fosse o melhor.
Ao longo de minha vida, fui percebendo que isso nem sempre correspondia a verdade. Talvez no passado fosse assim, pois as pessoas pagavam pela qualidade do material e pelo trabalho envolvido na confecção do bem. Mas, em tempos modernos, pagamos muito mais pela "grife" e pela propaganda envolvida.
Pensando assim, resolvi que seria melhor me guiar pelos meus instintos (e experiencia) ao escolher o que comprar.Isso se aplica a tudo.
Aos poucos, vamos criando nossos próprios padrões e descobrindo maravilhados que existem sim, produtos muito bons, bonitos e baratos!
Por exemplo,descobrimos um vinho produzido no Vale do Rio São Francisco que não faz feio ante conhecidos vinhos italianos, franceses e californianos.Seu preço é muito bom e enche nossas taças de satisfação, sem esvaziar os nossos bolsos.
Para acompanha-lo, encontramos um delicioso queijo holandes Maasdan. Com uma massa bem densa e sabor picante. Seu preço é o mesmo (ou até menor) de bons queijos nacionais da mesma linha. Perfeito!
Para completar, não poderia faltar o aroma e a doçura do chocolate. Encontramos um chocolate belga, que derrete na boca deixando um sabor tão delicado, que é capaz de absolver as culpas do mais viciado chocolatra, sem leva-lo a falencia.
Há sempre coisas muito boas, e nem sempre conhecidas, esperando para serem descobertas nas gondolas dos supermercados.Arrisque e saboreie os doces frutos dessa ousadia!
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