terça-feira, 30 de junho de 2009

Churros espanhóis.





Quando falamos em churros, a maioria das pessoas pensa logo no churro açucarado e recheado de doce de leite, vendido em quiosques populares.

 Mas, a minha lembrança de churro é bem diferente. 

Há muitos anos atrás, eram feitos na hora, em feiras livres. Fritos na frente do "freguês".
 Grandes espirais de massa frita salgada e crocante. Eram cortados com grandes tesouras e vendidos aos pedaços, envoltos num pedaço de papel. Devorados avidamente alí mesmo, por fiéis consumidores.

Os churros fazem parte de minha infancia. Em parte porque como espanhóis, adoravamos a iguaria, que era muito comum nas "Ferias" espanholas. Fritos na hora pelas habeis e experiente "churreras", são degustados no café da manhã acompanhados por uma bela caneca de chocolate quente. No clima quente do Brasil, são deliciosos com uma cerveja bem gelada.

Meu marido, embora não seja descendente de espanhóis, também conhecia os churros "da feira" e gostava muito. Lembrando-se disso, pediu que eu procurasse uma boa receita e tentasse faze-los. Desafio aceito, procurei e encontrei uma receita espanhola que produziu um resultado muito próximo, ao churro de nossa infancia. Fiz a massa e ele, com sua mão firme, verteu a massa sobre o óleo quente, produzindo as lindas espirais da foto.

Fácil e eficiente, como convém as melhores receitas.
Aos saudosistas ou interessados, deixo aqui a receita. Bom apetite!!!

Churros espanhóis.
Ingredientes:
250 gramas de farinha de trigo peneirada
1 colher (chá) de sal marinho
1 colher (café) de fermento para bolo
1 xícara ( chá) de água
1 xícara ( chá) de leite
óleo para fritar

Modo de fazer:
Misture o sal na farinha. Vá acrescentando o leite e água na farinha, mexendo muito bem até obter uma massa lisa e uniforme. Se quiser use um mixer.

 Por último acrescente o fermento. Misture delicadamente e deixe a massa descansar por 15 minutos. A massa tem uma consistencia liquida, semelhante a da panqueca. Despeje a massa em uma jarra com bico.

Leve ao fogo uma frigideira grande com bastante óleo.

 Quando estiver bem quente, despeje a massa aos poucos formando uma espiral.

 Se despejar a massa rapidamente e com um fio estreito de massa, terá churros muito finos. 

Se fizer de modo lento e vertendo um fio generoso de massa, terá os churros mais próximos da forma original (2 a 3 cm de diametro).

 Quando dourar,vire a espiral com o auxilio de uma pinça ou pegador de massa.


 Dourado por igual, retire e deixe escorrer em papel absorvente. Sirva quentinho.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Flores de outono, gatos e reformas.


Estamos em meio a uma reforma voltada para a conservação da casa. A velha senhora já tem 30 anos e requer um pouco mais de atenção. 

Embora as obras sejam necessárias, acarretam um bocado de transtorno e poeira. Durante esse período é preciso fazer uma série de ajustes nas rotinas da casa e nos espaços disponiveis, e como sempre os que mais protestam e se sentem incomodados são os gatos.

 Senhores de tudo e impedidos de circular livremente, tem se mostrado irritados e teimosos. Mas, eles não são as unicas vitimas. Silenciosas, mas não menos sofredoras, são minhas plantas. O jardim e o pomar estão cobertos de pó. Os vasos e jardineiras de temperos estão deslocados de seu lugar original e estranham muito as novas condições de vento e sol. 

Minhas pobres plantinhas ....sujas e negligenciadas. Hoje amanheceu chovendo. Péssimo para as obras e uma benção para meu mundinho vegetal. Lavaram suas folhinhas e renovaram suas energias.

Os gatos, bem , esses continuam emburrados. Não querem molhar suas mimosas patinhas no quintal encharcado. Quem me conhece sabe que sou absolutamente apaixonada por orquideas. Elas tem sofrido bastante com a atual situação, mas mesmo assim tem florido.

Reconheço que ainda não sei lidar muito bem com elas. Infelizmente já deixei morrer um bom numero delas, apesar do meu empenho e dedicação. Mas não me considero vencida, estou lendo muito e pesquisando sobre elas. Espero não torturar mais nenhuma probrezinha. Tenho conseguido bons resultados com essas jóias que aparecem na foto acima (colhidas pouco antes da nuvem de poeira tomar conta de tudo).

Todos os anos me recompensam com sua florada deslumbrante. Sempre corto algumas flores para colocar no meu vasinho de cabeceira e assim repouso meus olhos nessa beleza ao deitar e despertar. Nada melhor do que isso para abrandar meu humor que já esta rivalizando com o dos gatos!

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Pastel de Belém ou Pastel de Nata versão torta.

   




Um dos doces mais conhecidos e gostosos  da cozinha portuguesa, o Pastel de Belém, é uma receita original guardada a sete chaves.

 Os lusitanos tem lá suas peculiaridades, e uma delas é levar as coisas ao pé da letra, sendo assim, se o Pastel de Belém for vendido em qualquer outra cidade, terá seu nome alterado de acordo.

 Se for saboreado em Fátima será chamado de Pastel de Fátima. No nosso caso, sempre gostamos do doce e finalmente encontrei uma receita muita próxima da original.

 Foi criada pelo chef Edu Guedes, que desenvolveu a receita após pesquisa na doceira matriz em Belém, Portugal.

Acabei fazendo uma pequena mudança, pois sou uma "doceira" um pouco preguiçosa.

Para evitar o trabalho de montar várias forminhas, transformei a receita numa torta.

 O resultado foi muito bom.
 Para os interessados deixo a receita:

Pastel de Belém ou Pastel de Nata versão torta 

Ingredientes para o creme:

3 xícaras de leite
2 xícaras de leite condensado
6 gemas peneiradas
1 xícara de açúcar cristal
2 colheres (sopa) de amido de milho
1 colher (café) de extrato de baunilha

Ingredientes para a massa:

450 gramas de massa folhada pronta (usei massa folhada Arosa)

Modo de fazer o creme:

Primeiramente, coloque o açúcar e o amido de milho em uma vasilha e misture muito bem.
 Reserve.

 Coloque o leite em uma panela e leve ao fogo médio. Adicione o leite condensado e comece a misturar bem.

 Junte as gemas peneiradas e continue mexendo.
 Acrescente a mistura de açúcar e amido de milho que estava reservada.

 Mexa sem parar.

 Quando começara a engrossar junte o extrato de baunilha.
 Continue mexendo até ficar um creme bem espesso. Reserve e deixe esfriar completamente.


Montagem da torta:

Pré-aqueça o forno em 250 graus.

Utilize uma forma de fundo removivel de 25 cm de diametro.

 Forre a forma toda (fundo e laterais)  com a massa folhada.
 Aperte bem as laterais.

 Despeje o creme completamente frio sobre a massa.

 Leve ao forno, que já deve estar bem quente.
 Em forno convencional, deixe assar por aproximadamente 20-30 minutos ou até dourar bem a parte superior.

 Se tiver forno com grill, deixe por 25 minutos no forno convencional em 250 graus ou até as bordas da massa dourarem e mais 5-10 minutos no grill
 (até o creme borbulhar e ficar tostadinho).


Aqui já morno e desenformado (apoiado apenas na chapa do fundo removível da forma).








quarta-feira, 3 de junho de 2009

Rissoles ou as friturinhas irresistiveis.



Folheando uma revista, dessas de supermercado, encontrei uma receita que me lembrou meus tempos de estudante.
 Naquela época chamavamos de " Pastelão da cantina", porem, no mundo dos salgadinhos é mais conhecida por "Rissoles".

A receita é simples e de fácil execução.
 Ao fazer a massa, duvidei que ela ficaria lisa, tamanho o numero de grumos que começaram a se formar à medida que o leite esquentava, mas no final ficou perfeita. A massa pode ser utilizada para fazer "Coxinhas" também.
 Na verdade é bem versátil, e pode ser utilizada em varios salgadinhos diferentes. O rendimento foi muito bom.
 Utilizando um cortador de 10 cm de diametro, conseguimos 32 rissoles bem rechedos.

Estou dizendo conseguimos, no plural, pois solicitei a ajuda de meu marido para esta tarefa. Estiquei a massa e cortei.
 Ele, gentilmente se dispôs a rechear e empanar.
 O recheio sofreu algumas adaptações para agradar o paladar da familia.

Contando com a preciosa ajuda, conseguimos chegar rapidadamente a etapa final: fritar. O resultado foi muito bom.
 A massa não encharcou e o sabor agradou a todos. Como o salgadinho fez sucesso, resolvi compartilhar a receita.
 Espero que gostem.

"Rissoles"

Ingredientes para a massa:
3 xicaras de farinha de trigo peneirada
3 xicaras de leite
2 colheres (sopa) bem cheias de manteiga
sal

Ingredientes para o recheio:
500 gramas de carne magra moida (optei por patinho)
2 colheres (sopa) de azeite
1 cebola média bem picadinha
2 dentes de alho amassados
3 colheres (sopa) de salsinha e cebolinha bem picadinhas
2 colheres (sopa) de extrato de tomate
algumas gotas de molho de pimenta vermelha
pimenta do reino
sal

Ingredientes para empanar:
3 ovos batidos
2 xícaras de farinha de rosca

Para fritar:
400 ml de óleo de girassol (ou milho) bem quente

Modo de fazer:
Primeiramente faça o recheio. Leve uma panela com o azeite ao fogo médio . Quando começar a aquecer junte o alho e a cebola.
 Refogue um pouco e adicione a carne, mexendo sempre até fritar e ficar bem soltinha.
 Junte as pimentas e o sal.
 Refogue mais um pouco. Junte a salsa e cebolinha. 
Misture, tampe a panela e abaixe o fogo.
 Deixe cozinhando até que todo o liquido seque.
 Junte o extrato de tomate, misture bem e deixe cozinhando por mais 3 minutos. deslique o fogo e deixe esfriar completamente.

Para fazer a massa, leve ao fogo uma panela contendo o leite, a farinha , a manteiga e o sal.
 Vá misturando lentamente em fogo médio até começar a ferver.
 Mexa bem até a massa engrossar, desprender do fundo da panela e formar uma bola lisa.
 Retire do fogo e deixe esfriar coberta por filme plastico.
 Quando estiver totalmente fria, abra a massa com um rolo, numa superficie bem enfarinhada.
 Estique a massa até que atinja uma espessura de 3mm. 
Corte discos de 10cm.
 Coloque o recheio no centro (aproximadamente uma colher de sopa).
 Dobre a massa em formato de meia lua e aperte bem as beiradas.
 Passe no ovo batido e depois na farinha de rosca.



 Frite em óleo bem quente até ficarem douradinhos.


Mousse mocaccino