Não gosto muito de opinar sobre o que não entendo e climatologia definitivamente não é minha praia. Mas, as vezes observação e bom senso, são tão importantes quanto conhecimento. Não canso de me surpreender com a capacidade de negação demonstrada por governos e vários cientistas, diante das bruscas mudanças de padrões climaticos. Tudo bem que o clima, vez por outra, tem lá seus desvairios, mas como explicar seis meses de chuva em São Paulo. Ciclones aterradores na região sul e secas prolongadas na alagadiça ilha do Marajó. Mais secas monstruosas na Argentina e Venezuela. O hemisfério norte teve um longuissimo e gelado inverno, com muitos centimetros de neve. Parentes nossos, na Holanda, que já viram mais de 70 invernos, contam que nunca tinham visto nevar de dezembro a fim de fevereiro, sem parar. Nosso verão de paulista foi debaixo de muita agua e agora o outono tem um calor estranhamente seco e intenso. Primeiro culpavam o El Niño, agora o aquecimento das aguas do Atlantico.
O fato é que desde o ano passado, as temperaturas estão sempre acima da média. Os cientistas que associam o aquecimento global à ação humana, sofrem pressão para não divulgar sua opinião e muitas vezes tem suas pesquisas desacreditadas. É evidente que há muitos interesses economicos envolvidos, mas preservar vidas humanas não deveria ser a maior prioridade?
É evidente também, que toneladas de gases poluentes lançados diariamente na atmosfera, além de minar nossa saude, devem produzir algum efeito cumulativo adverso.
Efeito que vai muito além de um céu com coloração estranha e por do sol com luz amarelada. O fato de geleiras gigantescas se desprenderem e andarem à deriva pelo oceano, aliado a chuvas intensas, degelo nas terras mais altas e muita agua doce indo para os oceanos, também deveriam ser mais um sinal de alerta. O delicado equilibrio das correntes oceanicas pode estar em perigo. Que o digam as centenas de moréias que se perderam e vieram morrer nas praias do norte. Os golfinhos, aguas vivas, baleias, pinguins e outras especies que estão perdendo seus referenciais e aparecem exaustos e desnutridos nas praias. E ninguem liga! É noticia de um dia só. Amanhã já esta esquecido. As noticias não param de surpreender: ventos de mais de 120 km por hora, granizo do tamanho de bolas de golfe, ora aqui, ora na Europa e agora na Australia. Tempestades de areia violentissimas e que duram dias. Ciclones em regiões da Europa e do Brasil, que nunca foram sujeitas a tais fenomenos. O mar tragando ilhas e praias, delineando novos contornos nos continentes.
Não costumo me alarmar facilmente, mas acho que estamos no limiar de grandes e irreversiveis mudanças no clima e em nossa maneira de lidar com os recursos naturais do planeta. Penso que o futuro ainda nos reserva dias muito dificeis. Para falar a verdade, nunca desejei tanto estar enganada!
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