segunda-feira, 15 de março de 2010
Muito calor!
Após vários dias de um calor infernal, ontem, saí contabilizando as vitimas, quase fatais em meu jardim e terraço. As orquideas, que já tiveram suas folhas picotadas pelo granizo, agora, com o calor, tem suas flores queimadas, logo após desabrocharem. O calor seco queima raizes, folhas e as flores. Por otro lado, há as espécies que se sentem totalmente a vontade nesse tempo: as suculentas e cactaceas. Estão florindo.Vivendo no terraço, suportam o calor intenso desde as primeiras horas da manhã até o por do sol. Já suas vizinhas, a pitangueira e a jabuticabeira, tem sofrido bastante. Vivendo em grandes vasos, depois das ultimas chuvas e da adubação, haviam se recoberto de brotos e folhas novas. Mas, na ultima semana, murcharam. As folhas mais novas ficaram todas queimadas. Até o pé de amora, normalmente bem resistente ao calor, que estava bem verde, brotando e começando a florir, não resistiu. Ficou com os brotos mais novinhos totalmente queimados. Uma pena! Saí cortando o que se perdeu e rezando por uma chuvinha para aliviar o calorão. Para proteger as orquideas, abri o guarda-sol com proteção para radiação solar UV. Os gatos aprovaram. Esqueceram suas diferenças e se juntaram, os tres, debaixo da sombra bem vinda. Eles também demonstram claramente o desconforto que as altas temperaturas e baixa umidade causam. Pobres criaturas peludas que não podem se livrar de seus casacos. Bebem muita agua e comem pouco. Todos emagreceram!
No final da tarde de ontem, depois de um vendaval que espalhou folhas secas por todo lado, veio a chuva. Intensa. O tempo mais fresco e umido, ficou mais agradavel para todos os seres vivos. Mas minha inquietação permanece: os extremos estão se tornando uma constante. Ora um calor insuportável, ora chuvas torrenciais. O clima esta mudando. É um fato. Mas, justamente os que podem fazer algo para conter danos maiores, fingem que é algo normal e passageiro. Temo que essa indeferença diante de sinais tão claros, vá nos custar bem caro. E não daqui a 50 anos e sim nos proximos 10. Resta torcer para que a natureza não seja vingativa e que tenha mais pena de nós, do que nós tivemos dela!
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