quarta-feira, 7 de abril de 2010

Manhã de sol ou como diria Caetano:while my eyes... go looking for flying saucers in the sky.

A foto ao lado é apenas uma nuvem engraçada, no meio de um céu azul. Mas, eu me pergunto: e se não fosse? Como eu, e a maioria das pessoas reagiriamos diante de uma enorme nave desconhecida?
Francamente não sei. Mas certamente não me sentiria segura.
Já me perguntaram várias vezes se acredito em vida extraterrestre. Minha resposta é sempre a mesma. Claro que sim. O Universo é imenso e desconhecido e nós somos apenas um grãozinho de poeira e vida nele. Que pretensão acreditar que somos unicos!
Ainda engatinhamos no conhecimento da Física e pouco sabemos de nossa origem, portanto tudo é possivel.
Um dia desses ví um documentário no Discovery Channel, sobre OVNIs. Muito bem feito e com documentação confiável.Coisa rara. Pois o que mais se vê é um bando de malucos delirantes dando depoimentos estranhos, atrás de seus 15 minutos de fama. Péssimo para quem estuda o assunto sériamente ou para quem viu algo de verdade. Poucos teriam coragem de dar um depoimento real, correndo o alto risco de ser atirado no mesmo balaio dos "freaks".
Quando falo de vida extra terrestre, penso em Carl Sagan, militares e pilotos  que tiveram coragem de contar suas experiencias ou gente que procura respostas sobre fenomenos que ainda não entendemos. Simplesmente ciencia e pesquisa séria.
Nunca vi nada além nuvens engraçadas no céu, e nem sei se estaria preparada para ver ou entender outra coisa, mas sempre me interessei. Há muitos anos atras, em 1979, quando eu ainda era uma jovenzinha, comentei com alguem de nosso circulo familiar sobre uma noticia que havia lido. Alguns patrulheiros da Policia Rodoviaria haviam visto um imenso OVNI sobre a Represa Billings, justamente onde estavamos naquele dia. A reação dela foi tão inesperada que quase me levou às lágrimas. Começou a caçoar alto e puxou um coro de risadas que me desconcertaram profundamente. Hoje, eu não daria tanta importancia, e dispararia uma série de perguntas instigantes, mas, naquela época, a insegurança da juventude me dominou totalmente e eu me calei humilhada.
Resolvi que jamais faria qualquer cometário sobre o assunto e tratei de esquecer. Embora ainda tivesse que ouvir uma piadinha de vez em quando. Passaram-se alguns meses, e a pessoa que caçoou de mim veio até minha casa, logo nas primeiras horas da manhã. Estava muito ansiosa e queria falar comigo. Atendi e me surpeendi muito com o que ouvi. Ela falava muito rápido, e seus olhos mostravam um pavor genuino. Contou que na noite anterior, estava passando perto da represa depois da 11 da noite, após um curso noturno quando surgiu uma imensa nave com muitas luzes piscando. Era imensa, e não fazia qualquer tipo de ruido. Voava bem baixo. Pairou um pouco sobre a represa e depois desapareceu rapidamente. Contou também que nem o motor do carro e nem o radio pararam de funcionar, como costumavam dizer que acontecia. Apenas a imensa nave deslizando baixo sem fazer o menor ruido. A experiencia durou pouco mas foi marcante. A pessoa em questão, sempre foi altiva e orgulhosa, mas pude perceber em seus olhos, um humilde pedido de desculpas que jamais foi verbalizado. O fato dela estar ali, francamente atônita diante da experiencia que presenciara já me bastava. Desculpas aceitas!
Desde então, se eu tinha algum tipo de  dúvida, ela se dissipou. Uma pessoa totalmente cética sobre o assunto, presenciando um evento como aquele. Irônia do destino, sem dúvida!
Nunca mais ouvi nenhum tipo de chacota e as piadas cessaram. Apenas um olhar cumplice e assustado, quando alguem mencionava algo sobre " a represa  à noite". Outros céticos que eu conhecia muito bem, passaram a olhar a região com mais atenção, utilizando binóculos.Muito discretamente é claro! Mas, até onde eu sei,sem sucesso.
O tempo passou, mas ainda me lembro muito bem do olhar assustado. Era como se tivessem abalado todos os alicerces do conhecimento daquela pessoa.Um desmoronamento instantaneo de crenças fortemente instaladas. Quanto a mim, como boa espanhola, estava naquela de "...yo no creo en brujas pero que las hay, las hay..." e continuo assim.
Precisamos ter a mente aberta para aceitar o novo e o desconhecido, venha de onde vier.
De fato, vivemos tempos interessantes!

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